segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

GEOLOGIA DA BAIXADA DE IRAJÁ

CAPITULOS DE HISTORIA DA BAIXADA DE IRAJÁ

2.1 - GEOLOGIA DA BI

Ronaldo Luiz Martins


A Baixada de Irajá, no século XVII  teve mais rapida ocupação da agroindústria do açúcar que as outras regiões  do Termo (território oficialmente definido) da crescente Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, o que foi decorrente da sua posição geográfica em relação ao ponto central desta, e das suas características geológicas  decorrentes da formação da Baía de Guanabara.

A Baía de Guanabara teve sua formação geológica iniciada no princípio do Cenozóico [1] em cerca de 65,5 milhões de anos A.P. (Antes do Presente – base 1950), quando um movimento tectônico[2] provocou  o levantamento dos maciços costeiros (atuais maciços de Gericinó, Pedra Branca, Tijuca e Misericórdia), comprimindo estes contra os maciços interiores (das atuais Serra do Mar e Serra dos Órgão), causando entre eles uma depressão em forma de grande vale.

     Formação geológica da região da atual Baía de Guanabara antes da Era Cenozóica (mais de 65 milhões de anos AP)
    [Montagem de Ronaldo Luiz Martins sobre imagens de Revista Brasileira de Geografia Nº 4 – Outubro/Dezembro – 1944]

Movimentação tectônica do início da Era Cenozóica (60.5 milhões de anos AP) provocando a elevação dos maciços costeiros do atual Rio de Janeiro e depressão da região da atual Baía de Guanabara: 1 - sentido da pressão tectônica; 2 - elevação dos maciços costeiros;  3 - progressão da pressão e 4 - rebaixamento frente aos maciços interiores (Serra do Mar e Serra dos Órgão).  
[Montagem de Ronaldo Luiz Martins sobre imagens de Revista Brasileira de Geografia Nº 4 – Outubro/Dezembro – 1944]

        Por milhões de anos seguintes, nos maciços levantados a erosão por água, vento  e fragmentações, descendo as suas encostas de íngremes escarpas, fluxos de sedimentos foram preenchendo as encostas mais baixas destes, formando acúmulos de materiais terrosos e veios hídricos criadores de rios, esses em particular para a depressão do grande vale, futura Baía de Guanabara, onde em seu centro mais baixo, em veio maior convergiam para a plataforma costeira ao oceano, então cerca de 100 a 110 metros abaixo de seu nível atual.   

 [Montagem de Ronaldo Luiz Martins sobre imagens de Revista Brasileira de Geografia Nº 4 – Outubro/Dezembro – 1944]

        Neste período se desenvolveram as plataformas das baixadas no entorno desses maciços em desgastes. Enquanto  processos naturais diversos transformavam os aterros e superfícies das encostas em erosão em solos de argila amarela e vermelha, areia e outros materiais. Nestes gradativamente se desenvolveram vegetais formando florestas e savanas primárias, permeadas por rios, que avançando em depósitos sobre os declives a borda do grande vale, no ponto mais baixo deste  ampliou os primeiros córregos em largo rio, ao qual o geólogo Francis Ruellan[3] denominou como “Ria da Guanabara”.[4]

        Acerca de 200.000 anos A.P.  o nível do Oceano Atlântico  começou a se elevar, alcançado  a cobertura da Plataforma Continental e dando início ao processo de afogamento do “Ria da Guanabara”, provocando mutações na fluidez de seu deságue, refletindo em maior acúmulo de sedimentos no interior de seu vale, elevando os terrenos deste e dos seus costados. 

 
[Montagem de Ronaldo Luiz Martins sobre imagens de Revista Brasileira de Geografia Nº 4 – Outubro/Dezembro – 1944]

       Em grandes ciclos de elevações e rebaixamentos do oceano, ocorreram  momentos que suas águas, em afogamento completo do ria,  invadiram o vale, processo geomorfológico denominado “transgressão”, seguindo-se de regressão de nível e nova transgressão e regressão.

Em uma transgressão em cerca de 18.000 anos atrás (Transgressão Flandiana[5]), o mar se elevou a cerca de 10 metros acima dos níveis atuais, formando depósitos marinhos nas baixadas guanabarinas e litorâneas, o que ainda atualmente são identificados. Muitos geólogos têm por crédito ter sido nesta a ocasião da formação da Restinga da Marambaia e da Baía de Sepetiba.

[Montagem de Ronaldo Luiz Martins sobre imagens de Revista Brasileira de Geografia Nº 4 – Outubro/Dezembro – 1944]

        Estima-se que cerca de 16.000 anos atrás  iniciou-se o processo chamado Transgressão Guanabarina[6]  de afogamento definitivo da Baía de Guanabara, chegando a 4.000 anos atrás em nível bem próximo do atual.   Nesse período, com as marés altas com maior força na entrada da barra e menor ímpeto para o interior, particularmente pela obstaculização da atual Ilha do Governador, e refluxo de marés baixas  em velocidade menor no interior, em contraposição ao movimento sedimentar de aterramento formando lamaçal contido por vegetação  no encontro das água, geraram na costa guanabarina sequências de mangues intercalados por pequenas praias de areia grossa e,  mais próximo a barra, de áreas de baixios com alagados e lagoas.

       Neste processo é destaque que durante uma fase da Transgressão Guanabarina, estando por tempos o nível do mar na Baía de Guanabara a mais de 5 metros acima dos níveis atuais, este avançou sobre a costa mais baixa ao fundo desta. Na inundação, as águas marítimas avançando sobre a atual área de deságue dos rios Meriti, Lucas e Irajá, formaram um saco no qual sistematicamente o fluxo de maré depositou carapaças de moluscos marinhos contra pontos elevados rochosos, formando depósitos calcários conhecidos como sambaquis. Muitos desses depósitos foram destruídos a partir do século XVII, restando como vestígios o baixio da colina na Rua Trás os Montes em Irajá, ao pé da qual esteve instalado a Cimento Branco Irajá, e na pequena colina (21 malt) da Rua Guadalupe em Jardim América.  Baixado o nível do mar, nos baixios da foz deste rios ficaram grandes alagados, sendo destes destaque o já aterrado Igui-Assu (grande alagado / água Grande).       

Saco de Mar na BI a 12.000 AP.  Em azul a Água Grande     [Imagem Google Earth]


Sambaquis – Depósito marinho a beira de praia ou contra elevação rochosa, 
como aconteceu na BI a 12.000 AP.                        [Imagem divugada em Internet]


Baía de Guanabara em 1500.            [Mapa divugado em Internet]

Na formação geológica da BI aconteceu um fenômeno de sedimentação que, a exemplo da anterior grande ocupação indigina que nela ocorreu, no séculos XVII favoreceu, frente às baixadas vizinhas, o seu pioneirismo e maior produção agroindustrial de açúcar do Rio de Janeiro, o que estabeleceu particularidades históricas e sociais complementares ao atual Município Carioca e ao Estado do Rio de Janeiro, sendo deles, nos primeiros séculos de colonização, uma região semi independente.


Enquanto o fluxo de sedimentos da erosão das atuais Serra do Mar e vertentes sul e norte dos maciços da Tijuca, Pedra Branca e Gericinó corriam continuamente para seus baixios formando plataformas de altitudes continuamente declinantes e bacias hídricas caudalosa, para as vertentes dos extremos norte do maciço Tijuca e leste do maciço da Pedra Branca, a fluidez dos seus sedimentos para o vale da Guanabara encontravam resistências no fluxo de sedimentos do Maciço da Misericórdia, a eles transversal de oeste para leste, provocando retenções e empurrando o seu fluxo hídrico  mais para norte.

Essa obstaculização deu espaço para que a contribuição sedimentar da vertente norte da Misericórdia, maciço mais baixo e mais desgastado que os outros, gerando apenas duas menores bacias hídricas, formasse o aterramento de seus declives em tabuleiros escalonados em altitudes atuais de 55 a 45 metros, 40 a 30 metros, 25 a 15 metros e 10 a 5 metros, tendo o mais central e mais extenso destes a atitude média de 20 metros acima do mar..  

                                                                                                        Montagem de Ronaldo Luiz Martins sobre imagem Google Heart


        Estes tabuleiros, que foram cobertos por matas de mais baixa densidade que as das encostas dos maciços, com capões de terreno argilosos tipo savana, foram ideais aos colonizadores para o plantio  de cana e outras lavouras, produzindo boas safras, e gerando a instalação do maior número de engenhos de açúcar e farinha de mandioca da Cidade do Rio de Janeiro e entorno (o seu Termo territorial), bem como muito favoreceu a industrialização extrativista de olaria e caieira.

Considere-se também que a formação de pequenos morros e colinas nas plataforma mais baixas, permitiu boa ocupação no plantio de cana, bem como nas bacias hidrográficas nos entornos deles formadas, os atuais rios Meriti, Pavuna e Acari a norte, Irajá ao centro e Ramos a leste, típicos de planície com baixo nível de declive, não cachoeirados e caudal de baixa velocidade, formando alargados e remansos em seus cursos. Estes rios possibilitaram vias seguras de penetração aos planos mais secos para além dos alagados e manguezais da costa marítima da Baía de Guanabara.

Pequenas elevações nas plataformas da BI               [Sobre imagem  em Internet]

        Além destas particularidades, ao início da ocupação econômica açucareira da cidade do Rio de Janeiro, a maior distribuição de sesmarias para engenhos de açúcar na BI, contou com  as condições topográficas adversas de sua vizinha Baixada de Inhaúma, em sua parte coberta por amplo alagado marítimo e extensas áreas de mangue, sendo a região onde se fundou a cidade também  formada por uma grande enseada marítima cercada de grandes manguezais (atualmente o Canal do Mangue), alagados e lagoas que deixavam pouco espaço a agricultura canavieira. Destaca-se também que a área mais seca da costa da Baía de Guanabara, em extensão da cidade para o sul (Glória a Botafogo), possuía então aproximadamente 17 km² (incluindo área parte da Lagoa) de espaço útil a grandes plantações, frente aos cerca de 57 km² cultiváveis da Baixada de Irajá.




    No primeiro século da ocupação econômica da Cidade, a BI foi privilegiada, frente a  outras três regiões com igual potencialidade agrícola,  pela sua melhor acessibilidade.

    Para as baixadas de  Campo Grande e Guaratiba, com 156 km² de área útil, e de de Jacarepaguá com 77 km², que tinham ainda barreiras provocadas pelos maciços litorâneos, o acesso dependia de navegação por mar aberto e difíceis penetrações terrestres, tendo sido inicialmente mais acessível por passagens pela BI. 

    Para as regiões da costa leste da Baía de Guanabara, de São Gonçalo e Magé, era, para a época, navegação de relativa distância em águas de boa profundidade e agitação em fluxo de maré alta, permitindo a navegação de médio porte. 

Entretanto, para a BI, se ainda difícil a penetração terrestre, era possível uma segura navegação por canoas junto a costa de águas rasas e relativamente tranquilas, e com elas penetrar o território por dois rios (Irajá e Meriti-Pavuna) de caudal manso e sem cachoeiras.  

                                                    Composição de Ronaldo Luiz Martins sobre imagem divulgada em Internet





[1] Cenozóico, na divisão da escala de tempo geológico, é uma era geológica que se iniciou há aproximadamente a 65,5 milhões de anos e se estende até a atualidade. Cenozoic significa "vida nova", do grego καινός/kainos "novo" e ζωή/zoe "vida". É a terceira e mais recente era do éon Fanerozoico e sucede a era Mesozóica. Os geólogos se referem a um éon como a maior subdivisão de tempo na escala de tempo geológico, e o Fanerozóico (grego transliterado: phaneros significa "visível" e zoikos, "vida") é o éon geológico que abrange os últimos 542 milhões de anos. (Site Wikipédia - enciclopédia livre).

[2] Movimentos Tectônicos são os processos que resultam na modificação da estrutura e propriedades da crosta terrestre e sua evolução ao longo do tempo. (Site Wikipédia - enciclopédia livre).

[3] Francis Ruellan (1894-1974), geólogo frances e ex Diretor do Laboratório Geomorfológico da École Pratique des Hautes Etudes in Paris (1948), radicalizado no Brasil nas décadas de 1950-60 sendo professor catedrático de Geografia Morfológica da Universidade do Brasil, quando desenvolveu amplo estudo morfológico da baía de Guanabara, descrito em sua obra   “A Evolução Geomorfológica da Baía de Guanabara e das Regiões Vizinhas” (Revista Brasileira de Geografia – Nº 4 – Outubro/Dezembro – 1944).

[4] O chamado “Ria da Guanabara” atualmente corresponde ao canal central da Baía de Guanabara, que nascente ao fundo desta com 3 a 5 metros de profundidade,  possui 8,3 metros na altura da ponte Rio-Niterói e 17 metros em sua barra de 1.600 metros, precipitando-se sua foz a 52 metros de profundidade na Plataforma Continental.

[5] Definição de FAIRBRIDGE, R.W (The estuary: its definition and geodynamic - New York – 1980), citado em Geomorfologia costeira:Funções Ambientais e Sociais - MEIRELES, Antônio Jeovah de Andrade (Editora Universitária - Fortaleza  - 2014), e descrito em https://pt.wikipedia.org/wiki/Transgress%C3%A3o_flandriana, acessado em 2020.

[6] Proposição de AMADOR, E. S. em “Assoreamento da Baía de Guanabara - taxas de sedimentação e unidades sedimentares cenozóicas do recôncavo da Baía de  Guanabara”  (folhas Petrópolis e Itaboraí). Anais da Academia Brasileira de Ciência, 52(4) – 1980 – págs. 723 – 742 e 743-761.


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A BAIA DE GUANABARA

Como acima já destacado, a formação da Baía de Guanabara foi o mais relevante elemento da composição geológica da Baixada de Irajá,  e de todas as demais baixadas do seu entorno. Em mais de 450 anos de ocupação não nativa dos territórios em seu recôncavo, mutações como aterramentos, redirecionamento de cursos hídricos convergentes e grandes obras, na sua visualização atual pouco se pode observar de como seria ela  quando nos anos 1560, iniciou-se a ocupação  portuguesa de seus entornos.   Entretanto, por mapas mais antigos e recomposições digitais é possível se destacar estas mutações da Baía de Guanabara.   


MAPA DA BAÍA DE GUANABARA EM 1787

                                                                                                                                             Museu Naval / Marinha do Brasil

     Neste mapa, muito imperfeito quanto ao recorte do litoral da Baía de Guanabara, é destaque no canto superior esquerdo, frente a Ilha do Governador, uma entrada que seria os estuários dos rios Pavuna-Meriti e Irajá e o grande alagado a Água Grande (o Igui-assu dos indígenas), sem a presença da Ilha de Saravatá, e possivelmente observado pelo cartógrafo em uma condição de maré alta. Mais abaixo se destaca o Saco de Inhaúma frente as ilhas que formam  a atual Ilha do Fundão. Seguindo o Saco do Caju, o Rio Trapicheiro em seu deságue original, o Saco da   Bica dos Marinheiros, atual Canal do Mangue, e a então área urbana da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Seque a costa da Glória-Flamengo  com marcações  de profundidade ao porto, sendo destacada a foz do Rio Carioca, em uma exagerada enseada de Botafogo. A direita da imagem os recorte das enseadas de Niterói e São Gonçalo.


BAÍA DE GUANABARA  - SINTESE GEOMORFOLÓGICO DE RUELLAN - 1944

                                   RUELLAN, Francis – Conselho Nacional de Geográfia- 1944

     No mapa acima, editado pelo Conselho Nacional de Cartografia com base em estudos do geógrafo Francis Ruellan, observa-se que, ainda em 1944, o litoral da Baixada de Irajá e da Ilha do Governador não apresentava aterramentos expressivos, sendo já aterrado os sacos de inhaúma e Caju.  No interior da área da Baía de Guanabara, as linhas pontilhadas representam os cursos subaquáticos de continuidade dos rios a ela tributários, sendo a linha pontilhada central, que ultrapassa a saída da Barra, o curso subaquático do primitivo “Ria da Guanabara” observado  por Francis Ruellan. 



A BAÍA DE GUANABARA E A SERRA DO MAR

                                                                                                                                                                           Imagem Google Earth


    Em imagem 3D atual, no entorno da  Baía de Guanabara destaca-se o grande recôncavo sedimentar entre a sua barra, os maciços costeiros e a Serra do Mar ao fundo, origem sedimentar da Baixada Fluminense.



CARTA NÁUTICA DA BAÍA DE  GUANABARA

                                          Marinha do Brasil / Centro de Hidrografia da Marinha

      Na Carta Náutica acima, é destaque em branco, ao centro da Baía de Guanabara, o seu canal de maior profundidade, este originário do primitivo “Ria da Guanabara” observado  por Francis Ruellan. 



BAÍA DE GUANABARA – MACIÇOS COSTEIROS E BAIXADAS

                                                                                                                                                                   Imagem Google Earth

Nesta imagem 3D da Baía de Guanabara são identificados: a Serra do Mar (1); os Maciços Costeiros  de Gericinó (2),da Pedra Branca (3), da Tijuca (4), da Misericórdia (5); e as Baixadas Sedimentares de Irajá (A),  Inhaúma (B), Campo Grande (C), Jacarepaguá (D), Oceânica (E), e de São Gonçalo (G).



LITORAL OESTE DA BAÍA DE GUANABARA SEM ATERROS

                Simulação digital de Ronaldo Luiz Martins sobre imagem Google Earth

Na imagem acima, em simulação digital é feita uma apresentação do que era parte da costa oeste  da Baía de Guanabara antes dos aterros do litoral ocorridos no século XX, e os seus rios convergentes em foz primitiva.  A simulação não alcança o litoral da Ilha do Governador, assim conservado como marco de referência.  



ATERROS NO LITORAL DA BAIXADA DE IRAJÁ

                                                                         Simulação digital de Ronaldo Luiz Martins sobre imagem Google Earth

Na imagem acima, de simulação digital, em azul são apresentadas as áreas aterradas do litoral da Baixada de Irajá e da Ilha do Governador, sendo destaques as tambem afetadas áreas dos esturios do Pavuna-Meriti e Irajá, e a extenção de seus cursos canalizado cortando os aterramentos para desague na Baía de Guanabara.



ATERROS NOS ENTORNOS DA BAÍA DE GUANABARA


                                                                                                                   Divulgada em Internet

O mapa apresenta, em vermelho, os aterramentos de áreas de todo litoral da Baía de Guanabara e das zonas centro e sul das cidades do Rio de Janeiro e Niterói



ATUALIDADE DE REGIÕES DA BAÍA DE GUANABARA

                                                                                 Divulgada em Internet

         No mapa divulgado em 2016, é destacada a situação ambiental de regiões da Baía de Guanabara: Região   1 -  Principal zona de navegação pela sua profundidade, suas águas têm a melhor condição da Bafa, devido à entrada da corrente marinha; Região 2 - Localizada entre Rio de Janeiro e Niterói, suas águas recebem intensa poluição  orgânica produzida pelos dois grandes centros urbanos; Região 3 - Em elevado grau de deterioração ambiental, recebe esgoto doméstico, despejo industrial e poluição, e ainda  por óleo oriunda do Porto e de estaleiros; Região 4 - Dentro da Área de Proteção Ambiental, possui um dos poucos manguezais restantes e recebe água dos dois rios menos poluídos que desaguam na Bafa; e Região 5 - Depois de receber aterros ao longo dos anos, suas águas têm precária circulação e estão degradadas por receber várias fontes de poluição.



MAPA GEOLÓGICO FOLHA BAÍA DE GUANABARA  SF23-Z-B-IV CPRM - 2009

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         Mapa do Serviço Geológico do Brasil – CPRM ( Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral / Ministério de Minas e Energia) e Universidade do Rio de Janeiro – UERJ, detalha a estrutura geológica da Baía de Guanabara e seu entorno. Abaixo o recorte desta mapa para o litoral da Baixada de Irajá.

         NOTA:  Gerado em escala de 1: 1:100.000, a imagem apresentada não permite ampla visualização de seus detalhes. O mapa em sua dimensão original  pode ser  obtido no  site GOV BR, nas páginas::

https://rigeo.sgb.gov.br/handle/doc/11375      (Geologia e recursos minerais da folha Baía de Guanabara SF.23-Z-B-IV)  ou

https://rigeo.sgb.gov.br/bitstream/doc/11375/9/carta_geologia_baia_de_guanabara.pdf


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BIBLIOGRAFIA DO VOLUME 2.1

ABREU, Mauricio de Almeida - Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700).

AMADOR, E. S. - Assoreamento da Baía de Guanabara - taxas de sedimentação e Unidades sedimentares cenozóicas do recôncavo da baía de  Guanabara -  Anais da Academia Brasileira de Ciência, 52(4) – 1980 – págs. 723 – 742 e 743-761.

 BARRETO, Cintia Ferreira; FREITAS, Alex Silva Freitas; e outros - Grãos de Pólen de Sedimentos Superficiais da Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, Brasil - Anuario do Instituto de Geociencias ·/ UFRJ - Julho 2013.

 

BARTHOLOMEU, Robson Lucas; BARROS Marcia Aguiar de; e outros - Evolução Paleogeográfica da Planície Costeira da Praia Vermelha, Entrada da Baía De Guanabara, Rio de Janeiro, por meio de Registros Palinológicos - Anuário do Instituto de Geociências – UFRJ – 2014.

 

DANTAS, Marcelo Eduardo - Geomorfologia do Estado do Rio de Janeiro – Min. de Minas e Energia /CPRM – Serviço Geológico do Brasil – 2000.

 

DIAS, Marcelo Sperle; BASTOS, Alex Cardoso; e VITAL, Helenice - Plataforma Continental Brasileira: Estados do Rio De Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - 2018.

 

FERRARI, Andre Luiz – Evolução Tectônica do Grabem da Guanabara – Unversidade de São Paulo / Instituto de Geociências – 2001.

 

FAIRBRIDGE, R.W - O estuário: sua definição e geodinâmica (original: The estuary: its definition and geodynamic) - New York – 1980 – citado em  MEIRELES, Antônio Jeovah -  Geomorfologia costeira:Funções Ambientais e Sociais - - Fortaleza  - 2014.

 

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GUERRA, Antonio Teixeira  - Paisagens Fisicas da Guanabara - Revista Brasileira de Geografia, ano XXVII, nº 4, Outubro Dezenbro de 1965.

 

INSTITUTO BAIA DE GUANABARA - Baia de Guanabara – Síntese da Geologia, Sedimentação e Assoreamento – 2017.

 

LAMEGO, Adinalzir Pereira - A Baía de Guanabara em 1500 - Saiba História – 2010.

 

MEIRELES, Antônio Jeovah de Andrade - Geomorfologia costeira:Funções Ambientais e Sociais - Editora Universitária - Fortaleza  - 2014.

 

MARINO, Igor Kestemberg - Caracterização do Registro Sedimentar Quaternário da Baía de Guanabara - UFF/ Instituto de Geociências – 2011.

 PINHEIRO, Eliane Canedo de F. - A Baía de Guanabara, um olhar sobre a História – 2008.

PREFEITURA DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO - Atlas do Município do Rio de Janeiro - Instituto Pereira Passos -  1999.

 

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SILVA, Amador. Elmo da  - Bacia da Baía de Guanabara: características geoambientais. formação e ecossistemas – Interciência – 2012.

 

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 UERJ / CPRM - Geologia e recursos minerais da Folha Baía de Guanabara Sf.23-Z-B-Iv, Estado do Rio de Janeiro Escala 1:100.000 - Programa Geologia  do Brasil 017/PR/07

 

WIKIPEDIA – Baía de Guanabara – Internet – 2018;

       _______  - Cenozoico – 2018;

       _______  -  Tectonismo – Internet – 2018;

       _______  - Transgressão Flandriana – Internet – 2018.







4 comentários:

  1. Excelente trabalho. Deve ser divulgado nas escolas de ensino fundamental e médio, particularmente nas da Baixada de Irajá.

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  2. A Prefeitura devia usar esse trabalho!

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  3. Muito poucos conhecem o solo que pisam diariamente. Este estudo que  apresenta a formação geológica de uma região, serve como base a visão mais ampla no ensino de geografia.  Vale lembrar que o autor, não geógrafo, apresenta a matéria de forma simples, mais compreensível ao  leitor leigo não acadêmico.

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