O trabalho em apresentação,
de autoria de um dos fundadores do IHGBI, Ronaldo Luiz Martins, é a divulgação
de grande parte dos conhecimentos obtidos no âmbito de atuação deste coletivo,
tendo por objetivo, sem esgotar tudo que se possa ainda relatar, no conceito de
“História do Lugar”[1](*), apresentar
uma narrativa quanto a formação e evolução histórica da região que no século
XVII era identificada como Freguesia de Nossa Senhora da Apresentação de Irajá,
e é hoje representada por 38 bairros.
Inspirado na forma como o
professor e jornalista autodidata Capistrano de Abreu[2],
em contraponto a clássica abordagem histórica de sua época, produziu a
obra Capítulos de História Colonial (1907), parodiado
esse título, Capítulos de História da Baixada de Irajá,
desenvolvido em modo não acadêmico, objetiva detalhar os mais de quatrocentos
anos da Baixada de Irajá, região que, no século XVII, foi a
maior produtora do açúcar que concorreu para o desenvolvimento da Cidade
do Rio de Janeiro e, nas décadas de 1930 a 1960, foi o seu maior parque
industrial.
Tendo como meta abordar o
desenvolvimento histórico da Baixada de Irajá dos anos 1500 a 2000, face
ao grande volume de descrições decorrentes, a proposição de Capítulos de História da Baixada de Irajá é sua edição em faciculos abordando a
identificação local, este primeiro em edição, os primeiros indígenas ocupantes,
a distribuição territorial e ocupação agroindustrial, a produção açucareira, a
Freguesia de Irajá, a passagem a economia de sustentação no Ciclo do Ouro, o
fim da agroindústria açucareira, evolução no Século XIX, a urbanização e
industrialização, crises da primeira metade do Século XX, aspectos culturais, e
histórico dos anos 1960 a 2000.
No primeiro fascículo “O Que é Baixada de Irajá”, é apresentado o recorte geográfico
da proposição em seus aspectos de limites geográficos e político
administrativos quanto a Cidade do Rio de Janeiro, a sua geologia e topografia,
sobre os quais embasam e referenciam as descrições nos fascículos
seguintes. As descrições político-administrativas são baseadas em
diversos informativos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e Governo do
Estado do Rio de Janeiro. As descrições geográficas e topográfica, além de
consolidadas em diversos informes de institutos geográficos, teses e
monografias, são baseadas em pesquisas do autor por processos e ferramentas de
Tecnologia de Informação – TI em geoprocessamento sobre base de imagens
digitais de satélite da plataforma Google Earth, realizadas de 2018 a 2023.[3] Quanto aos dados desta pesquisa é necessário observar
que face a limitações dos recursos de processamento disponíveis a sua execução
e a não precisão geodésica das imagens de rastreio, que em atualizações
sucessivas se apresentaram em angulares e altitudes diferenciadas em relação
ao plano de visualização, não havendo precisão absoluta, as coordenadas e
medidas de extensões e altitudes são de simples referências.
Objetivando a não constante repetição de vocábulos e menor
extensão de texto, nas descrições apresentadas são utilizadas as abreviações BI
para Baixada de Irajá, mext para
metros de extensão e malt para
metros de altura.
Proxima postagem:
Fasciculo 1 “A
BAIXADA DE IRAJÁ”
[1] História do Lugar tem por conceito a
tese de produção de conhecimentos locais proposta pelo Professor Doutor Joaquim
Justino Moura dos Santos (1935-2024), docente da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro – UNIRIO e participante do IHGBI, em referência a seu artigo “História do Lugar: um método de ensino e pesquisa para as
escolas de nível médio e fundamental” ( História, Ciências,
Saúde-Manguinhos - Rio de Janeiro, v. 9, n.1, p. 105-125, 2002). Ver nota em
Bibliografia.
[2] João
Capistrano Honório de Abreu (Maranguape, 23 de outubro de 1853 — Rio de
Janeiro, 13 de agosto de 1927) foi um historiador brasileiro. Autodidata, sendo
um dos primeiros grandes historiadores do Brasil, produzindo ainda nos campos
da etnografia e da linguística. A sua obra é caracterizada por uma rigorosa
investigação das fontes e por uma visão crítica dos fatos históricos, sendo que
suas pesquisas fazem contraponto à clássica de Francisco Adolfo de
Varnhagen. - https://pt.wikipedia.org/wiki/Capistrano_de_Abreu.
[3] O autor,
Ronaldo Luiz Martins, é analista de sistema e em 1980, pela Universidade Gama
Filho / Gama Datacentro, acompanhou o trabalho do Prof. Dr. Jorge Xavier da
Silva (1935-2021) da UFRJ, pioneiro do Geoprocessamento no Brasil.
Posteriormente prestou consultoria de Geoprocessamento a prefeituras clientes
de aerofotogrametria da Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul, e de 1990 a 2000,
quando se aposentou, teve atuação na comercialização de sistemas de geoprocessamento pela MI Montreal Informática.
Sucesso!
ResponderExcluirVou acompanhar, parabéns.
ResponderExcluirParabéns por suas pesquisas! Vou acompanhar e compartilhar.
ResponderExcluirParabéns pelo resgate e pelo trabalho.
ResponderExcluirParabéns pelo excelente trabalho! Com toda certeza irei acompanhar.
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